sábado, abril 10, 2010

ao Homem de Raça Negra que Existe Dentro de Ti .


Marlene, hoje queria só dizer-te o quanto gosto de ti. Quando penso em ti não consigo arranjar palavras para descrever o importante que és para mim e aquilo que significas - desde o facto de como somos parecidos ao nos entendermos tão bem um ao outro.
É estranho pensar em ti como minha tia (não me soa à nossa proximidade), mas se assim é, és a melhor tia que alguém alguma vez podia ter tido. Em todos os momentos que precisei tu estiveste lá com uma palavra sábia que sabias que eu iria entender: por sofrermos muitas vezes do mesmo mal e por no fundo termos crescido também um com o outro... Há tanto que fizeste por mim!
Se hoje sou o que sou devo também um bocadinho a ti e à tua frontalidade de me teres dito sempre tudo que achavas e pensavas duma forma directa sem medo do que eu poderia sentir - para isso só tenho uma palavra: Obrigado.
Este texto pode até não fazer sentido, nem se justificar ser escrito hoje e muito menos a esta hora - mas surgiu em mim uma necessidade imensa de te mostrar gratidão e de te fazer sentir a forma como gosto de ti.
Um dia o mundo vai sorrir para ti e recompensar-te pela coragem de ainda sonhares como uma criança - por te manteres fiel à imaginação e a ti mesma: porque a maioria perde-se no caminho ao crescer e esquece-se que o importante está para além daquilo que uma sociedade pode pensar como convencional. Admiro-te e espero completar a tua idade e ser assim um bocadinho como tu também: com a alma livre de cordas que te prendam ao chão.
Quero dar-te a certeza de que os melhores anos das nossas vidas ainda estão para vir e que se tudo correr bem e como planeado eu não podia vir a ter uma colega de casa melhor do que tu (e vamos entender-nos tão bem).
Nunca te tinha escrito nada e espero sinceramente não te desiludir com estas minhas palavras (já vai tarde a noite e as pálpebras começam a pesar-me), foi apenas um desabafo de agradecimento pelo que és para mim e por me ouvires, sempre.

O teu sobrinho mais crescido,

Ricardo JOAQUIM Branco.

Ps: Ainda tenho aqui o "Gato Preto, Gato Branco" guardado para ver contigo.

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