segunda-feira, junho 28, 2010

Dia 9

Uma música que me adormecesse (no bom sentido) seria esta maravilhosa música que tantas vezes ouvi com os headphones: no escuro e confortante do meu quarto. Espero que gostem desta. Ela é bem importante para mim.


Matthew Ryan - Some Streets Lead Nowhere

sábado, junho 19, 2010

Dia 8

Eu acho que podia dançar com quase qualquer música se fizesse um esforço; no entanto se falássemos num específico estilo eu escolheria esta. Se um dia eu fizer um striptease vai se com esta música de certeza.


I Love Rock n' Roll - Joan Jett & The Blackhearts

Memórias Futuristas #20 - ÚLTIMO

Não dá para acreditar no que tem acontecido.
As aulas terminaram antes de ontem e a vida de toda a gente por aqui mudou. Bem, por onde hei-de começar?
A Raquel sempre foi contra esta mudança para Lisboa: o que ela realmente sempre quis foi ficar no Porto (para estar mais perto de casa e) porque as Universidades são melhores - e vai-se a ver - a miúda com aquela grande média conseguiu transferência para aquela maravilhosa cidade.
Escusado será dizer que a Ana optou por mudar de curso e a consequência disso é que a rapariga também decidiu concorrer para o Porto que é bem mais interessante e sempre poderá assistir a mais jogos de futebol da sua equipa de eleição: também não queria separar-se da Raquel (claro).
Não consigo deixar de mostrar um grande entusiasmo quando falo sobre o Diogo agora - que num mês começou a vender como nenhuma banda em Portugal fazia há algum tempo: para além duma voz incrivelmente sensual, os integrantes da banda são todos uns sexy de meter inveja.
Sim, eu sei que tenho de falar sobre o Rogério. Pronto, já lá vai um mês desde que nos começamos a separar e por mais que ele tenha insistido no início: eu não conseguia aguentar a nossa relação por agora - tudo bem que talvez ele fez aquilo que tinha de ser feito ao João, mas não consigo deixar de vê-lo como o "Padrinho" que poderia tornar-se uma ameaça para todas as pessoas com quem eu estivesse enervado - quer dizer - eu sei que estou a exagerar: mas ele é um assassino, não? Isso mete-me confusão e eu ainda não estou pronto para ter contacto físico com alguém. Não depois daquilo que aconteceu...
É isso. Nós não estamos mais juntos. Claro que isso me deixa triste e claro que talvez o veja ainda na minha vida: mas não agora, não para já ou para daqui a pouco tempo - simplesmente não ia resultar; ainda por cima recebi uma notícia que ia acabar por matar a nossa relação.
Adivinhe-se lá que eu fui convidado para uma mega-produção de teatro a começar em Setembro (que provavelmente vai oferecer-me a projecção que eu queria) e os ensaios começam já daqui a uma semana: no PORTO.
É eu também vou ser transferido para o Porto no próximo ano lectivo e sim, eu basicamente sei que posso estar a perder o Rogério para sempre - mas isso não me está a impedir de seguir o meu sonho agora, logo acho que estou a tomar a decisão correcta em agarrar a oportunidade e deixar a capital para ir para a invicta com as meninas.

As malas estavam feitas, o Diogo soltou umas lágrimas e a Raquel e a Ana estavam meias comovidas e a mim só me apetecia agarrar o chão e ficar nesta cidade que me ensinou a ser independente. Mas agora era tarde demais. Despedimos-nos da próxima grande voz de Portugal com abraços e beijos na testa e entramos naquele comboio em direcção ao Porto. Tinha a certeza duma coisa: para além do Porto, aquele comboio estava a partir para uma nova vida.

in Lisboa - Memórias Futuristas

quarta-feira, junho 16, 2010

Memórias Futuristas - Extra

Memórias Futuristas teve de ser adiado para sexta-feira. Não podem perder o episódio 20, o último que vai trazer de certeza um final inesperado.

Dia 7

Esta foi muito difícil. Uma música que me lembrasse um evento não era algo fácil; depois lembrei-me da Maria a tentar repetir "vagabond in power" quando Nneka o dizia num estado lastimável e consigo rir-me. Foi na Queima deste ano. Tão perigosa esta queima.


V.I.P. - Nneka
(não havia uma versão de estúdio. Desculpem)

segunda-feira, junho 14, 2010

Dia 6

Se há uma específica música que me faz lembrar um específico lugar (mais que as outras) é esta. Lembra-me daquele local em Vila do Conde chamado Mindelo - onde eu já fui tão feliz: que me iniciou nas mais diversas coisas e que tem as melhores festas - para não falar no mítico Club Atlântico ás escuras e no panados. Onde conheci uma grande rapariga e onde é sempre bom voltar para me sentir num mundo mais leve e divertido, ao lado dos melhores amigos de sempre.


Bonde do Rolê - Solta o Frango

sábado, junho 12, 2010

Dia 5

Um dia alguém me mostrou esta música. Era um estranho completo para mim, mas ainda assim me fazia sentir tão eu: tão bem. Os anos passaram e revelou-se uma das pessoas de quem tenho saudades de tempo a tempo - tão especial, tão importante e ainda assim tão irreal, tão distante. Sempre que ouço esta música lembro-me dele (do homem mais sedutor à face da Terra).


dEUS - 7 days, 7 weeks

Dia 4

Uma música que me fizesse triste (entre muitas) devia ser esta de certeza, que já por várias vezes me levou a um estado de lágrimas total. Aqui fica ela.



Led Zeppelin - babe I'm gonna leave you

quinta-feira, junho 10, 2010

Dia 3

Ora uma música que me fizesse feliz pareceu-me ao início uma tarefa muito difícil: pois vários momentos felizes tiveram as suas músicas correspondentes; mas aí lembrei-me de pensar numa música que realmente pela sonoridade e letra me fizesse bem disposto e acima de tudo FELIZ. Pois aí está - escolhi esta.


Patrick Wolf - The Magic Position

Dia 2

Não consigo perceber esta música: é tão feia que dói. Das que saíram nesta última época esta é a que menos gosto. Odeio mesmo.


Edward Maya - Stereo Love

quarta-feira, junho 09, 2010

Dia 1

Tinha de escolher esta. Nunca achei piada à banda, nem a outras músicas para além desta - mas quando me perguntam qual a minha música favorita esta vem-me sempre à cabeça. É triste ser a música mais depressiva que conheço.


Strays Don't Sleep - For Blue Skies

terça-feira, junho 08, 2010

Memórias Futuristas #19


Tinham passado quatro dias desde o acontecimento. A última coisa que me recordo é de me sentir nos braços do Rogério e depois nada: nada mesmo. Quando acordei na manhã seguinte tive uma reacção inesperada - ele estava a agarrar-me contra o corpo dele como se me protegesse do mundo lá fora e eu comecei a espevitar para todo o lado, enquanto o pontapeava e lhe espetava os cotovelos no abdómen; não sei o que me deu, mas eu não conseguia que ele me agarrasse ou tocasse - como se de algum traumatismo se tratasse.
Ele sentiu-se impotente, inútil: feri-lhe todos os sentimentos como se lhe pisasse o coração - mas era algo mais forte que a minha capacidade de controle. Agora nem sei como estamos, ainda não ganhei coragem para perguntar o que aconteceu no resto daquela noite e ele não me tem pressionado com medo que eu tenha um novo ataque de pânico.
Não recebi mais mensagens ou chamadas do João, desapareceu por completo e isso no fundo preocupa-me: porque ainda que o queira ver do outro lado do Planeta Terra tenho medo do que o Rogério possa ter feito.
Nem tudo é mau por aqui: estamos a um mês do final das aulas e a Raquel foi considerada a melhor aluna do curso dela, a Ana já se conseguiu compor melhor e coser de volta alguns dos pedacinhos do seu coração e dentro de dois meses o primeiro álbum da banda do Diogo sai para venda. Estou feliz por eles todos e ainda que nos dois primeiros dias não se falasse do assunto, agora fala-se e têm-me oferecido os melhores apoios que poderia ter arranjado.
Ontem à noite acordei aos berros (nem me lembro do que estava a sonhar - mas faço uma pequena ideia)e alguém ligou ao Roger que se pôs cá num ápice; era de esperar que eu me sentisse melhor, mas não foi isso que aconteceu: acho que algo em mim continua perturbado e parece que há um muro de Berlim segundo entre nós e não nos podemos tocar.
Eu quero falar com ele, quero mesmo perguntar o que aconteceu: até porque me sinto inseguro e amedrontado quando saio à rua - parece que vejo o João em toda a parte e isso não é nada saudável neste momento.
Pedi o carro emprestado ao Diogo com jeitinho e fui até casa do Rogério, ele não esperava ver-me ali (e sinceramente eu nem sei como consegui chegar lá) mas fui e sem grandes rodeios perguntei o que tinha acontecido
-Trouxe-te até ao carro e depois voltei lá em cima...
-E depois?
-Depois descobri que ele tem problemas mentais, que é medicado e que não era a primeira vez que fazia algo assim...
-Houve mais antes de mim?
-Sim, houve. Encontrei fotos de outros e tuas lá em casa. Ele perseguia-te!
-Não posso...
-Talvez os outros não tenham tido tanta sorte como tu.
Houve um grande silêncio entre nós até ele o quebrar e se descair
-Eu só quero o teu bem e magoa-me que já não te consiga proteger: que tenhas medo de mim Ricardo!
Neste momento ele estava a ficar com os olhos cheios de água e isso partia-me o coração
-Que fizeste?
-Fiz o que tinha de ser feito...
-Que fizeste tu?
-Eu tinha de te proteger Ricardo... Eu acabei com ele!

in Lisboa - Memórias Futuristas

20 Days of Songs - Rúbrica de 20 dias


Isto é um desafio roubado daqui (que por sua vez também há-de ter roubado a outro lado e assim sucessivamente), mas que com a devida autorização foi partilhado. Durante 20 dias vou falar-vos de uma música diferente todos os dias de acordo com a instrução - o que vai ser demasiado complicado por vezes decidir. Começarei amanhã a seguir ao penúltimo episódio de Memórias Futuristas. Até já !

Dia 01 - a favorita
Dia 02 - a que menos gosto,
Dia 03 - que me faça feliz,
Dia 04 - faça triste,
Day 05 - lembre de alguém,
Day 06 - lembre de algum lugar
Day 07 - lembre de certo evento,
Day 08 - que possa dançar,
Day 09 - que me adormeça,
Day 10 - da minha banda preferida,
Day 11 - que ninguém espere que eu goste,
Day 12 - que me descreva,
Day 13 - do meu albúm preferido,
Day 14 - que ouça quando estou raivoso,
Day 15 - que ouça quando estou feliz,
Day 16 - que ouça quando estou triste,
Day 17 - que quero que toque no meu casamento,
Day 18 - que quero que toque no meu funeral,
Day 19 - que me faz rir,
Day 20 - a minha música preferida deste ano até agora.

segunda-feira, junho 07, 2010

Alice .


Hoje revi o Alice e foi um murro no estômago como da primeira vez - só que desta vez eu desejei com todas as forças ser um dia tão brilhante actor quão o Nuno é .

terça-feira, junho 01, 2010

Memórias Futuristas #18


Ali estava eu assustado com o barulho que todo aquele bater na porta provocava e mesmo assim pouco me conseguia mexer já; de repente todo aquele esbanjar de som latente na minha cabeça parou - acalmando-me mas ainda assim - despertando-me uma dúvida: porque havia ele parado? A porta estava trancada (isso dava-me uma segurança) e comecei a imaginar que tinha o Rogério ali ao meu lado - a agarrar-me e a proteger-me de tudo isto que me estava a acontecer; sempre me achei capaz de resolver todos os meus problemas, sempre me achei capaz e independente (sem precisar de um namorado que me defendesse), mas desta vez tudo tinha fugido ao meu controlo - desta vez eu não podia fazer as coisas por mim: eu precisava dele e tinha a certeza que nunca o desejei tanto como agora.
O movimento que senti do outro lado da porta fez uma febre subir dentro de mim, (já havia entendido porque o barulho tinha parado!) - ao que parece havia mais que uma chave, ou as fechaduras das portas eram equivalentes - a chave da porta caiu no chão e havia outra a tentar abrir a porta do outro lado: tarefa que foi fácil e rapidamente concretizada.
Éramos dois naquele compartimento e eu mal conseguia vê-lo (ao longe, enevoado)
-João, por favor...
Assim que disse isto levei uma patada na barriga do pé dele e encolhi-me como um bicho de conta ou como um feto dentro da sua bolsa; depois desta veio outra e outra e outra ainda, sentia alguma dor ainda que o meu corpo estivesse meio anestesiado
-É para aprenderes a não seres mau para mim Ricardinho...
Senti-o puxar-me o cabelo em direcção a ele e a lamber-me a cara como se do meu cão se tratasse, senti-o a manejar o meu corpo mole com movimentos bruscos e mandando-me contra a parede vezes que não me consigo recordar e gritando-me sempre
-Até perceberes que este agora é o lugar onde pertences!
Assim que me começou a puxar os calções fora e comigo já meio a dormir ouviu-se um grande encontrão na porta de entrada, ouviram-se dois, ouviram-se três e por fim ouviu-se a porta a ceder com a facilidade com que acontece nos filmes e senti as mãos do João saírem de cima de mim, senti uns braços erguerem-me no colo e lembro-me ainda de ver a figura do Rogério a acartar-me para fora de todo aquele cenário. Os lábios dele tocaram-me e caí desmaiado ao som das suas palavras
-Eu vou tirar-te daqui Ricardo, eu vou mata-lo por ti...

in Lisboa - Memórias Futuristas