quarta-feira, dezembro 30, 2009

Desejo para 2010 .


Adoro o facto de a Leyla se impressionar quando os rapazes em Portugal - mesmo tendo uma namorada - olham sempre para todas as raparigas bonitas duma forma babada. Segundo ela, lá na Turquia os homens entregam-se de alma e devoção às suas mulheres - já dizia eu que talvez o que Portugal precise é de Homens assim por cá: porque já há muito que eles não têm nascido...

Ps: Boa Viagem Leyla, We're all going to miss you *

quinta-feira, dezembro 24, 2009

(Para variar) Feliz Natal .


Estou a ficar entusiasmado e ansioso com a ideia - não é consumismo: é só este espírito contagiante .

quinta-feira, dezembro 17, 2009

Viva o 91 .



Hoje vencemos uma batalha .

terça-feira, dezembro 15, 2009

Cartas do Céu (ou 11:33 Parte II)



Há um dia em que o céu se abre e cartas com a palavra Liberdade caiem dele e eu realmente esperei por elas. O tempo passou e tu nunca te foste embora, estiveste sempre aqui comigo – nos meus lençóis, na água do chuveiro, nos livros e em todas as músicas. Tu morreste e eu continuei a ver-te aqui, a falar contigo e a dormir a teu lado: debaixo do teu abraço e encaixado no teu regaço. Eu nunca deixei que tu partisses e de facto tu não te foste, o teu fantasma esteve durante este tempo todo a assombrar-me; a vida não podia continuar sem ti, então eu trouxe-te – eu mantive-te vivo: dentro de mim, nos meus sonhos e até nas minhas histórias.

Nunca consegui perceber as tuas perturbações, nunca consegui entender o que te faz querer destruir uma pessoa desta forma – assusta-me que na tua idade já tenhas quebrado tantos corações e que saibas fazer isso duma forma implacável como ninguém conhece. Eu não queria, mas tu mataste-te, ou talvez nunca tenhas existido – eu fui engolido pela mentira e tu comeste-me com todos os dentes que tens na boca – talvez foste invenção da minha cabeça, talvez eu vi-te como gostava que tivesses sido. És uma alucinação que a cultura POP criou em mim: não existem pessoas como tu.

Quando morreste quis morrer contigo, não quis aceitar a verdade do Mundo, não quis aceitar que o Amor é uma Liberdade, não quis ver que tudo que desenhaste para mim não era meu afinal. Havia mais como eu (eu não fui o amor da tua vida), eu juntei-me a uma lista imensa que a tua morte guarda com orgulho no coração. Quantas vezes já morreste tu? Quantas pessoas já destroçaste tu? Quantas vidas vais ainda afectar?

Aquele que aparece quando morres não tem nada de ti, tem os olhos hábeis e apurados, os lábios sedentos de sangue e um faro incrível para presas. Não tem os teus olhos mel de apaixonado, nem os teus lábios carnudos que me ofereceste um dia (só para mim) e nem sequer cheiravas outro perfume que não fosse o meu. Ás vezes ainda sonho que estás vivo – acordo a chorar e com o peito apertado de saudades tuas – e outras sonho que aquele que te matou me culpa pela tua morte – aí acordo a gritar e destruído por tais palavras.

A vida não é tão longa como parece e eu não posso continuar a brincar aos amigos imaginários; ultimamente faço um esforço por te desencontrar e senti o teu braço sobre mim quando durmo muito mais apagado, senti as tuas palavras que ecoavam na minha cabeça num dialecto que me é desconhecido e quando a água do chuveiro caiu em mim não senti o teu toque e o teu corpo colado ao meu; os livros deixaram de me fazer acreditar em ti e passaram a ensinar-me o que é a vida e as músicas já não cantam sobre ti – cantam sobre mim.

Eu sou o protagonista da minha história e eu vou fazer o meu Destino longe de ti, tu morreste e está na hora de eu viver a sério pela primeira vez: porque há mais de meio ano que o meu coração tem saltado batimentos e já não me lembro o que é senti-lo bater de verdade. Por isso hoje de manhã abri os olhos olhei o céu e vi que o Sol lá estava (finalmente), estavas a meu lado com a tua cara de protector e eu olhei com mais atenção – era uma carta que voava em direcção a mim; agarrei-a com as mãos e pude ler com todas as letras a palavra Liberdade, o ar pareceu leve de novo e o meu coração descongelou: senti-o bater. Quando voltei a olhar para ti já lá não estavas, tinhas morrido duma vez por todas e eu jurei nunca mais te deixar entrar no meu Lugar, porque há um dia em que o céu se abre e cartas com a palavra Liberdade caiem dele – hoje eu recebi a minha.

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Um dia chega o dia .


E chega o dia em que ouves o barulho do trinco da porta a anunciar que a fechaste. E um dia o que era um drama passa a ser uma contrariedade esquecida. E um dia o que te derrubou no passado é alicerce firme para o futuro. E um dia as palavras que te gritaram dentro da cabeça já não chegam a murmúrios. E no dia em que ouves o trinco da porta a fechar sabes que nunca a voltarás a abrir. E um dia vai saber-te bem teres a certeza de que não queres ver o que restou do outro lado. E um dia vais dar por ti a recusar entrar, mesmo que te tenham feito o mais elaborado dos convites. E nesse dia soltas as amarras e respiras a plenos pulmões. E nesse dia, de peito cheio, dizes-lhe que não, outra vez, mais uma vez, definitivamente.

Por Pipoca dos Saltos Altos (aqui) .

Ps: Ando um bocadinho sem tempo para isto!

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Declaração de Dependência .

Da primeira vez apaixonei-me por ti porque podia cuidar de ti, desta vez foi por poderes cuidar de mim.


"Ama os teus medos, ama essa velha infância, o teu presente e o que está ainda para vir. Ama somente, e com o passar do tempo, começa tudo de novo, mas dessa vez ama ensinar alguém a amar."

Ps: Esta música é para ti.

quinta-feira, novembro 26, 2009

Watch your step .




















Nem penses em voltar a tentar entrar na minha vida de novo
(É que da próxima vez que apareceres eu vou soltar os cães
- e acredita: eles estão cheios de fome).

"And although your the only home I'll ever know
As if by magic, thoughts of you are gone"

segunda-feira, novembro 23, 2009

Obrigado .


" Já não fazia sentido. Os varões, as modelos, as bailarinas, as gajas de sábado à noite. Não fazia sentido a coca, as luzes, os ácidos de sexta à noite. Quando acordei hoje de manhã nada desta merda fazia sentido e era tudo tão diferente. Como eu pensava, como eu sentia, como eu falava. Estava cansado. “Pareces cansado João”. Mas eu nunca estou cansado. Fodasse, não percebo o que se passa. Enrolei um charro. Queria aquele meu momento de paz. Fumar aquilo não fazia sentido. Não havia momento de paz. Eu não queria estar sozinho. Eu não queria fumar sozinho. Pousei o charro. Queria água. Não havia água. Acabou. Bebi coca-cola. Não me apetecia álcool. Pousei o copo e fiz o tradicional “Ah”. Já não tinha piada. Não era engraçado falar sozinho. Não tinha piada olhar-me no espelho e fazer figuras. Encolhi os ombros. Procurei algo pela casa. Não sabia o que era. Mas procurei. Não encontrei. Estava sozinho. A casa estava vazia. Pela primeira vez. Eu estava realmente sozinho."

João Afonso

in Amor Combate de Ricardo Branco


Ousadia em directo

terça-feira, novembro 17, 2009

Quarentena (Swine Influenza) .


Tudo indica que eu e a Vera temos gripe A e estamos destinados um ao outro.

PS: Ainda faltam 6 dias e eu já ouço isto .

segunda-feira, novembro 16, 2009

Metade ainda procura por ti, outra desistiu .



Eu bebia, bebia e nunca parava de beber para me mentalizar que o meu destino era viver comigo próprio o resto da vida, perceber que não há ninguém que me queira dar a mão no meio da multidão e nunca mais a largar. Bebi tanto que caí para o lado - inconsciente de que olhavas para mim. Vi-te a correr, com as tuas mãos grandes a agarrar-me deitado no teu colo e de correres comigo; não sei se me lembro de tudo, mas penso que deixei de respirar e que quase te mataste para me trazer de novo para a vida: davas o teu último fôlego a mim, com os teus lábios nos meus enquanto me enchias com o teu ar quente. Eu não queria voltar à vida, tu choravas desesperado e não largavas o meu corpo, tu precisavas de mim - eu era o único que servia para ti; quando voltei estava apenas no chão, com uma terrível dor de cabeça e percebi que tudo não tinha passado de um delírio febril, duma fantasia antiga que eu tenho. Limpei a boca do sabor a azedo e levantei-me para mais um dia, o Sol já ia alto e havia muito para contar sobre a festa de ontem à noite: mas não o que eu queria, nunca era o que eu queria...


Ps: Cristian, não é imaturidade - nunca foi - é incompreensão .

quinta-feira, novembro 12, 2009

Aquilo a que chamo desiquilíbrio mental .


Por seres tão mentirosa e mesquinha, tenho um número especial para ti: aquele em que numa questão de dias te faço afundar de tal maneira que vais passar toda a vida a escavar - para te tentares desenterrar. Nós éramos os únicos que te restavam e mesmo assim decidiste passar por cima de nós para conseguires atingir o topo - Parabéns! Tu não prestas, tu não olhas a meios para atingir fins, tu és maquiavélica e quem sobe assim tão rápido, há-de descer com o dobro da velocidade. Felicidades, conseguiste: estás no topo a brilhar (sozinha) e nem sequer te vou dar a conhecer o meu lado Blair Waldorf quando te posso dar o meu de Georgina - que acredita - é bem pior.

What goes around comes around (esta música é toda tua) .

terça-feira, novembro 10, 2009

Só para dizer



















que se o mundo acabar mesmo amanhã, há muita coisa que fica por dizer .



Antes do fim do mundo

segunda-feira, novembro 09, 2009

Faubourg Saint-Denis .

Vera, a tua mensagem de hoje de manhã fazia sentido. Fui invadido todo o dia por pensamentos de ti e por ti, frames de ti - de nós, da nossa vida e do nosso destino: tudo fazia sentido; os dias ganhavam vida dentro de mim e nós eramos uma família, eramos uma vida e os frames continuavam: em flashs, em pulsações, em batimentos dos nossos corações. Eras tu a única que eu via, a única que eu queria para me fazer Feliz. Tinhamos cães, tinhamos putos, tinhamos jardim e eu sobretudo tinha um lar. Chegava a casa, pousava a chave no pequeno móvel do hall de entrada e tu estavas à minha espera... E o tempo passou, o tempo voou e eramos como a Alice e o João Paulo; eramos como a Justine e o Thomas e gritavas comigo como ela, com razão, sem razão - não importava: eu já não te ouvia - via-te apenas, nua como tu és comigo e isso chegava; porque eu sabia exactamente o que querias dizer, sempre.

Eu amo-te, tu és o meu destino .

Ps: Faubourg Saint-Denis . (clicar aqui)

domingo, novembro 08, 2009

Agendado .



Estive a pensar e já não quero que te caiam os dedos para que nem te possas consolar - estive a reflectir e afinal prefiro matar-te. Quero matar-te eu mesmo lentamente por fazeres de mim parvo e por ainda te achares no direito de voltar a mencionar o meu nome em qualquer lugar que seja. Está agendado.


sábado, novembro 07, 2009

Inconstante .


Há dias em que sou uma criança - um menino mimado que nunca há-de querer sair do ninho e do colinho da mama;

depois há dias assim, em que não me sai da cabeça que me quero casar e ter um puto: agora.

Ps: C'mon, I wanna put a ring on it .

terça-feira, novembro 03, 2009

Oh Jason, you should've never come







É triste quando percebemos que perdemos qualidades. É ainda mais triste quando percebemos que nada vai voltar a ser como era.

Ps: Sim, eu sei. Foste tu que me roubaste. Força, ri-te.

sábado, outubro 31, 2009

Lado Animal .

Está na altura de todos libertar-mos o nosso lado animal e fazermos algo contra aquilo que não concordamos. Vejam o vídeo, está (como diriam alguns) HOT!

Ps: Sozinho em casa pelo fim-de-semana, sugestões?

quarta-feira, outubro 28, 2009

Canal Zero


Naquele dia eu era uma puta com tudo a que uma tinha direito; engoli o orgulho, fui pago e deixei que usassem e abusassem. Uns nascem para abusar, uns para ser abusados - naquele dia não pensei, perdi o respeito por meia dúzia de horas e deixei-me levar. Naquele dia eu era uma puta, porque nada em mim é de graça (a não ser o que faço por Amor).

foi na TV que aprendi a ser homem
foi na TV que aprendi a sorrir
põe-me a mão no bolso
ensina-me o abraço
que eu sou uma puta
e não sei o que eu faço

foi na TV que aprendi a ser puta
estou tão feliz por não ter uma luta
põe-me a mão no ombro
ensina-me o que eu faço
que eu sou uma coisa
e tu és o meu espaço

[Português - 11:27]

terça-feira, outubro 27, 2009

Cristian,


não me deixes fugir...

Bom dia :)


Hoje acordei com esta na cabeça...

segunda-feira, outubro 26, 2009

Quem sou eu?

O meu nome é Ricardo Joaquim Branco, nasci na cidade de Amarante no Verão de 1992 e sou do signo Caranguejo; sou uma pessoa ligada à espiritualidade das coisas – à essência daquilo que nos rodeia – e talvez uma das palavras que me defina bem será observador ou emotivo. Acredito nas personalidades segundo os signos (mas não em previsões) e acredito em destino e (profundamente) no karma. Tenho um feitio complicado por vezes (não sou nada difícil de lidar), mas sigo sempre a vontade e o instinto e nunca a razão: procuro e corro atrás da Felicidade (com que encaro a vida quase todos os dias).

Este Verão que se despediu agora foi um marco importante na minha vida: foi quando me encontrei como pessoa e personalidade integrada na sociedade; foi quando descobri e aprendi a lidar com a minha espiritualidade interior e animal – foi uma grande transição a que devo a diferentes pessoas que fui conhecendo (durante toda a vida) e que culminaram numa explosão tal que tornou as coisas muita mais claras.

Preciso da sensação de liberdade sempre: do que vestir, do que sentir, do que escolher; tenho a vontade de mudar o mundo por vezes, de o tornar livre e igualmente habitável por todos. Assim que descobri a crueldade a que os animais eram sujeitos por causas derivadas da raça humana tomei a decisão de me tornar vegetariano (um compromisso que assumi para a vida) – já lá vão quase quatro anos. Gosto de me unir a causas que esbatam o preconceito e fronteiras entre povos (que foi ao que me dediquei este Verão) e vivo descansado na consciência de que faço a minha parte.

Sempre tive fascínio pela arte e expressão e assim que pisei um palco pela primeira vez tive a certeza de que representar era a minha vocação (e tenho entrado em projectos de forma a tornar a minha cidade ligada a essa via); estou a trabalhar num livro – que se aproxima da conclusão – e é uma sensação fantástica sentir as personagens viverem dentro de mim (respirarem e terem vontades): obrigar-me a sentir aquilo que elas sentem. Numa das ascensões espirituais que tive percebi que tenho muito de lobo alfa em mim, é algo com que me identifico – na forma minuciosa e emotiva com que penso nas coisas, é um animal sentimental e que escolhe um parceiro para a vida, um animal bastante interessante.

Sou a moeda e o seu reverso: percebi que quero passar a minha vida a ajudar os outros e ao mesmo tempo sou uma pessoa que gosta de ceder a tentações e a satisfazer todos os seus desejos; não preciso de luxos e o dinheiro é algo que me assusta (devido a todas as suas consequências). Gosto de ler pessoas e de as perceber, sou um líder natural e gosto de passar noites a olhar as estrelas e a lua na esperança de algum dia as alcançar; acima de tudo sou feliz e gosto de passar boas energias a todos que me rodeiam: para que todos possam sorrir comigo.


[Para a professora Cristina Coutinho - Português 12º]