segunda-feira, abril 19, 2010

Comcordas


Era uma noite silenciosa como todas as outras. Fumava um cigarro na varanda e conseguia ouvir o seu ruído enquanto queimava - lentamente; lembrei-me do som de duas guitarras acompanhadas por um baixo e voei até aos olhos negros de uma mulher de sangue latino que guerreava com um homem que não sei descrever: lutavam um com o outro (mas não se tratava de violência), era uma luta dançada em que egos bailavam naquela sala e por entre pontapés e cabelos caídos no chão ele aproximou-se para lhe tocar o pescoço - num impulso rasgou-lhe o vestido e ela resistiu até serem dois corpos caídos no chão para se entregarem à noite um do outro. O cigarro acabou, voltei ao meu quarto. Tenho sonhado ultimamente - tenho vontade de voltar a escrever.