terça-feira, fevereiro 09, 2010
Memórias Futuristas #4
Abri a porta a medo e espreitei o corredor: não havia sinais da Ana
-Ana?
Gritei e quem me respondeu foi a Raquel no andar inferior
-A Ana já saiu, tem saído sempre mais cedo, nem sei porquê...
Sentei-me a tomar o pequeno-almoço com a Raquel e ela lá confessou que a Ana não estava nada contente comigo e ainda que nos tivéssemos contido por segundos, breve desatamos ás gargalhadas.
-Se vocês são da mesma turma, porque não vão juntas?
-Ela dá sempre uma desculpa, sai sempre muito mais cedo...
-O que anda ela a tramar?
-Não faço ideia, mas olha lá, não me chegaste a responder ontem e fiquei curiosa: como conheceste afinal o Rogério?
-Bem, já que insistes... Lembraste daquela noite em que fui sair sozinho e não vos contei onde ia?
-Sim, que tem?
-Pois, quando eu estava a voltar na noite escura abandonado para casa um carro cheio de tipos parou para oferecer boleia e quando neguei saíram e começaram a agarrar-me...
A cara da Raquel estava a ficar com um ar apavorado
-Foi quando apareceu o Rogério e à lá Edward Cullen salvou-me de toda aquela má gente. Como um verdadeiro herói!
-Oh, nunca me tinhas contado porquê?
-Pois...
-Foi mesmo assim que vocês se conheceram?
-Okay, na verdade foi num bar gay e a partir do momento que pôs os olhos em cima nunca mais me largou, até me trouxe a casa; mas a minha história era muito melhor...
-Oh Ricardo, será que tu nunca mudas?
E começou a rir-se enquanto eu suspirava por até a mim a minha imaginação me encantar.
in Lisboa - Memórias Futuristas
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2 comentários:
E como o encanto é maior e mais belo quando nos encantamos;)
"à la Edward Cullen"?! LOOOOL
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