quarta-feira, outubro 13, 2010

Memórias Futuristas #2.02

Volto ao palco com o resto da malta pelos aplausos. A plateia aplaude de pé e percebo que tudo correu pelo melhor... Custou-me arrancar no princípio, mas assim que comecei segui o meu percurso de acordo com o planeado. E pela primeira vez conseguir chorar em cena como jurei não vir a conseguir, mas se chorei não foi por não crêr mais na humanidade, mas por todo o meu passado ter vindo ao de cima e eu me relembrar como é estar apaixonado: o Rogério não tinha o direito de aparecer aqui! Sinto lágrimas de alegria a cair-me pela cara e entendo como é bom ter ali a minha família, os meus amigos e toda a gente que encheu esta sala para presenciar este grande grande momento da minha vida.
Dirijo-me ao meu camarim pessoal desgasto da emoção e começo a tirar a roupa e a coloca-la de lado quando alguém bate à porta. Estou apenas de boxers, mas não é nada que o Gerard nunca tenha visto antes - por isso despacho-me a abrir para que ele me possa elogiar e abraçar. Abro a porta e viro costas para continuar o meu trabalho (e mostrar que achei que correu mal) e ouça a porta a fechar depois de alguém entrar.
-Estás cada vez mais bonito!
E não é o Gerard, mas eu conheço aquela voz e começo a lembrar-me de tudo e em particular daquela voz a gritar-me "Tu és para mim". Começo a tremer, viro-me e deparo-me com o João. Sim, esse João que supostamente o Rogério tinha morto estava agora ali: à minha frente com os mesmos olhos de predador a olhar para mim
-Sabes como eles dizem... "Long time, no see!"
Estou congelado pelo medo que as recordações me trazem e tal como há umas horas atrás "Estou perdido".

in Porto - Memórias Futuristas 2.0

3 comentários:

Anónimo disse...

GOD!

Anónimo disse...

Adorei!
Ricardo se eu quizer o teu livro como faço para o conseguir? ;D

Ana Luísa disse...

Bem, esta historia está a seguir um rumo que nunca pensei.
Muito bem =D