Ps: Boa Viagem Leyla, We're all going to miss you *
quarta-feira, dezembro 30, 2009
Desejo para 2010 .
Ps: Boa Viagem Leyla, We're all going to miss you *
quinta-feira, dezembro 24, 2009
(Para variar) Feliz Natal .
quinta-feira, dezembro 17, 2009
terça-feira, dezembro 15, 2009
Cartas do Céu (ou 11:33 Parte II)
Há um dia em que o céu se abre e cartas com a palavra Liberdade caiem dele e eu realmente esperei por elas. O tempo passou e tu nunca te foste embora, estiveste sempre aqui comigo – nos meus lençóis, na água do chuveiro, nos livros e em todas as músicas. Tu morreste e eu continuei a ver-te aqui, a falar contigo e a dormir a teu lado: debaixo do teu abraço e encaixado no teu regaço. Eu nunca deixei que tu partisses e de facto tu não te foste, o teu fantasma esteve durante este tempo todo a assombrar-me; a vida não podia continuar sem ti, então eu trouxe-te – eu mantive-te vivo: dentro de mim, nos meus sonhos e até nas minhas histórias.
Nunca consegui perceber as tuas perturbações, nunca consegui entender o que te faz querer destruir uma pessoa desta forma – assusta-me que na tua idade já tenhas quebrado tantos corações e que saibas fazer isso duma forma implacável como ninguém conhece. Eu não queria, mas tu mataste-te, ou talvez nunca tenhas existido – eu fui engolido pela mentira e tu comeste-me com todos os dentes que tens na boca – talvez foste invenção da minha cabeça, talvez eu vi-te como gostava que tivesses sido. És uma alucinação que a cultura POP criou em mim: não existem pessoas como tu.
Quando morreste quis morrer contigo, não quis aceitar a verdade do Mundo, não quis aceitar que o Amor é uma Liberdade, não quis ver que tudo que desenhaste para mim não era meu afinal. Havia mais como eu (eu não fui o amor da tua vida), eu juntei-me a uma lista imensa que a tua morte guarda com orgulho no coração. Quantas vezes já morreste tu? Quantas pessoas já destroçaste tu? Quantas vidas vais ainda afectar?
Aquele que aparece quando morres não tem nada de ti, tem os olhos hábeis e apurados, os lábios sedentos de sangue e um faro incrível para presas. Não tem os teus olhos mel de apaixonado, nem os teus lábios carnudos que me ofereceste um dia (só para mim) e nem sequer cheiravas outro perfume que não fosse o meu. Ás vezes ainda sonho que estás vivo – acordo a chorar e com o peito apertado de saudades tuas – e outras sonho que aquele que te matou me culpa pela tua morte – aí acordo a gritar e destruído por tais palavras.
A vida não é tão longa como parece e eu não posso continuar a brincar aos amigos imaginários; ultimamente faço um esforço por te desencontrar e senti o teu braço sobre mim quando durmo muito mais apagado, senti as tuas palavras que ecoavam na minha cabeça num dialecto que me é desconhecido e quando a água do chuveiro caiu em mim não senti o teu toque e o teu corpo colado ao meu; os livros deixaram de me fazer acreditar em ti e passaram a ensinar-me o que é a vida e as músicas já não cantam sobre ti – cantam sobre mim.
Eu sou o protagonista da minha história e eu vou fazer o meu Destino longe de ti, tu morreste e está na hora de eu viver a sério pela primeira vez: porque há mais de meio ano que o meu coração tem saltado batimentos e já não me lembro o que é senti-lo bater de verdade. Por isso hoje de manhã abri os olhos olhei o céu e vi que o Sol lá estava (finalmente), estavas a meu lado com a tua cara de protector e eu olhei com mais atenção – era uma carta que voava em direcção a mim; agarrei-a com as mãos e pude ler com todas as letras a palavra Liberdade, o ar pareceu leve de novo e o meu coração descongelou: senti-o bater. Quando voltei a olhar para ti já lá não estavas, tinhas morrido duma vez por todas e eu jurei nunca mais te deixar entrar no meu Lugar, porque há um dia em que o céu se abre e cartas com a palavra Liberdade caiem dele – hoje eu recebi a minha.
sexta-feira, dezembro 11, 2009
Um dia chega o dia .
E chega o dia em que ouves o barulho do trinco da porta a anunciar que a fechaste. E um dia o que era um drama passa a ser uma contrariedade esquecida. E um dia o que te derrubou no passado é alicerce firme para o futuro. E um dia as palavras que te gritaram dentro da cabeça já não chegam a murmúrios. E no dia em que ouves o trinco da porta a fechar sabes que nunca a voltarás a abrir. E um dia vai saber-te bem teres a certeza de que não queres ver o que restou do outro lado. E um dia vais dar por ti a recusar entrar, mesmo que te tenham feito o mais elaborado dos convites. E nesse dia soltas as amarras e respiras a plenos pulmões. E nesse dia, de peito cheio, dizes-lhe que não, outra vez, mais uma vez, definitivamente.
Por Pipoca dos Saltos Altos (aqui) .
Ps: Ando um bocadinho sem tempo para isto!
quarta-feira, dezembro 02, 2009
Declaração de Dependência .
"Ama os teus medos, ama essa velha infância, o teu presente e o que está ainda para vir. Ama somente, e com o passar do tempo, começa tudo de novo, mas dessa vez ama ensinar alguém a amar."
Ps: Esta música é para ti.
quinta-feira, novembro 26, 2009
Watch your step .
Nem penses em voltar a tentar entrar na minha vida de novo
(É que da próxima vez que apareceres eu vou soltar os cães
- e acredita: eles estão cheios de fome).
"And although your the only home I'll ever know
As if by magic, thoughts of you are gone"
segunda-feira, novembro 23, 2009
Obrigado .
" Já não fazia sentido. Os varões, as modelos, as bailarinas, as gajas de sábado à noite. Não fazia sentido a coca, as luzes, os ácidos de sexta à noite. Quando acordei hoje de manhã nada desta merda fazia sentido e era tudo tão diferente. Como eu pensava, como eu sentia, como eu falava. Estava cansado. “Pareces cansado João”. Mas eu nunca estou cansado. Fodasse, não percebo o que se passa. Enrolei um charro. Queria aquele meu momento de paz. Fumar aquilo não fazia sentido. Não havia momento de paz. Eu não queria estar sozinho. Eu não queria fumar sozinho. Pousei o charro. Queria água. Não havia água. Acabou. Bebi coca-cola. Não me apetecia álcool. Pousei o copo e fiz o tradicional “Ah”. Já não tinha piada. Não era engraçado falar sozinho. Não tinha piada olhar-me no espelho e fazer figuras. Encolhi os ombros. Procurei algo pela casa. Não sabia o que era. Mas procurei. Não encontrei. Estava sozinho. A casa estava vazia. Pela primeira vez. Eu estava realmente sozinho."
João Afonso
in Amor Combate de Ricardo Branco
terça-feira, novembro 17, 2009
Quarentena (Swine Influenza) .
segunda-feira, novembro 16, 2009
Metade ainda procura por ti, outra desistiu .
Ps: Cristian, não é imaturidade - nunca foi - é incompreensão .
quinta-feira, novembro 12, 2009
Aquilo a que chamo desiquilíbrio mental .
What goes around comes around (esta música é toda tua) .
terça-feira, novembro 10, 2009
segunda-feira, novembro 09, 2009
Faubourg Saint-Denis .
Eu amo-te, tu és o meu destino .
Ps: Faubourg Saint-Denis . (clicar aqui)
domingo, novembro 08, 2009
Agendado .
sábado, novembro 07, 2009
Inconstante .
terça-feira, novembro 03, 2009
Oh Jason, you should've never come
sábado, outubro 31, 2009
Lado Animal .
Ps: Sozinho em casa pelo fim-de-semana, sugestões?
quarta-feira, outubro 28, 2009
Canal Zero
foi na TV que aprendi a ser homem
foi na TV que aprendi a sorrir
põe-me a mão no bolso
ensina-me o abraço
que eu sou uma puta
e não sei o que eu faço
foi na TV que aprendi a ser puta
estou tão feliz por não ter uma luta
põe-me a mão no ombro
ensina-me o que eu faço
que eu sou uma coisa
e tu és o meu espaço
[Português - 11:27]
terça-feira, outubro 27, 2009
segunda-feira, outubro 26, 2009
Quem sou eu?
O meu nome é Ricardo Joaquim Branco, nasci na cidade de Amarante no Verão de 1992 e sou do signo Caranguejo; sou uma pessoa ligada à espiritualidade das coisas – à essência daquilo que nos rodeia – e talvez uma das palavras que me defina bem será observador ou emotivo. Acredito nas personalidades segundo os signos (mas não em previsões) e acredito em destino e (profundamente) no karma. Tenho um feitio complicado por vezes (não sou nada difícil de lidar), mas sigo sempre a vontade e o instinto e nunca a razão: procuro e corro atrás da Felicidade (com que encaro a vida quase todos os dias).
Este Verão que se despediu agora foi um marco importante na minha vida: foi quando me encontrei como pessoa e personalidade integrada na sociedade; foi quando descobri e aprendi a lidar com a minha espiritualidade interior e animal – foi uma grande transição a que devo a diferentes pessoas que fui conhecendo (durante toda a vida) e que culminaram numa explosão tal que tornou as coisas muita mais claras.
Preciso da sensação de liberdade sempre: do que vestir, do que sentir, do que escolher; tenho a vontade de mudar o mundo por vezes, de o tornar livre e igualmente habitável por todos. Assim que descobri a crueldade a que os animais eram sujeitos por causas derivadas da raça humana tomei a decisão de me tornar vegetariano (um compromisso que assumi para a vida) – já lá vão quase quatro anos. Gosto de me unir a causas que esbatam o preconceito e fronteiras entre povos (que foi ao que me dediquei este Verão) e vivo descansado na consciência de que faço a minha parte.
Sempre tive fascínio pela arte e expressão e assim que pisei um palco pela primeira vez tive a certeza de que representar era a minha vocação (e tenho entrado em projectos de forma a tornar a minha cidade ligada a essa via); estou a trabalhar num livro – que se aproxima da conclusão – e é uma sensação fantástica sentir as personagens viverem dentro de mim (respirarem e terem vontades): obrigar-me a sentir aquilo que elas sentem. Numa das ascensões espirituais que tive percebi que tenho muito de lobo alfa em mim, é algo com que me identifico – na forma minuciosa e emotiva com que penso nas coisas, é um animal sentimental e que escolhe um parceiro para a vida, um animal bastante interessante.
Sou a moeda e o seu reverso: percebi que quero passar a minha vida a ajudar os outros e ao mesmo tempo sou uma pessoa que gosta de ceder a tentações e a satisfazer todos os seus desejos; não preciso de luxos e o dinheiro é algo que me assusta (devido a todas as suas consequências). Gosto de ler pessoas e de as perceber, sou um líder natural e gosto de passar noites a olhar as estrelas e a lua na esperança de algum dia as alcançar; acima de tudo sou feliz e gosto de passar boas energias a todos que me rodeiam: para que todos possam sorrir comigo.
[Para a professora Cristina Coutinho - Português 12º]