segunda-feira, dezembro 24, 2007

Nada o Resto Importa.

É a sensação de teres de te agarrar à cama de manhã quando acordas para não fugires a flutuar.
A sensação de não conseguires respirar e de uma prisão complexa.
A sensação de desespero por um grito de liberdade e de que vais vomitar a qualquer momento o teu coração pois com tudo isto não consegues comer.
A sensação de estares a cair num infinito sem previsão de acordar e tocar o chão. Isso mesmo, a sensação de sonho permanente e eterno em que tudo o que olhas se transforma naquilo que desejas.
A sensação de quereres partir tudo á tua volta quando simplesmente mencionam o seu nome, consequência de toda a série de acontecimentos que levaram a este catastrófico fim.
A sensação de nó na garganta, causado por todas as lágrimas e desabafos retidos, por todas as histórias e previsões, pois estou a cair num infinito e tudo o que prevejo não passa de uma esfumada nuvem de nada, nada de bom. Mas é assim mesmo, enlevos violentos implicam violentos fins.
É toda esta sensação, e tudo o que sinto não está pertode maneira nenhuma da Felicidade alcançada outrora, mas sim a sensação de não vivência, de sobrevivência. Não vivo, sobrevivo, e quando me fizeste pensar nisso cheguei a esta brilhante conclusão. Não sei nada nos ultimos dias e até do sono fujo, porque de nada sonho eu se esse teu toque não me tivesse contagiado. Percebo que tudo de mim és tu, que isto não veio passar nem curar, que veio para ficar e se apoderar de toda a minha loucura e insanidade, que veio acabar com o pouco de resto de pura inocência e ingenuidade que me sobravam.
Mas hoje foi diferente, abri um pouco os olhos e finalmente senti sede, bati ao de leve no chão e pela primeira vez em tanto tempo, a dor que me corroía o interior foi substituida por dor fisica. Hoje por uns breves momentos fui sóbrio e percebi.
Percebi que eu estava apaixonado pela primeira vez...

1 comentário:

Anónimo disse...

o amor e os seus efeitos secundários



always.